O livro “Networking for Career Success – 24 lessons for Getting to Know the Right People”, escrito por Diane Darling, revela que a pessoa que faz networking tem perfil pró-ativo e costuma ser “líder” da própria vida. Mas, afinal, o que é networking e para que serve?
Podemos adiantar que o Networking é uma prática essencial para aqueles que desejam se destacar no mercado de trabalho. Nos próximos tópicos, além de contextualizar, mostraremos também como desenvolver, a importância e os níveis de networking. Acompanhe!
O que é Networking e para que serve, afinal?
Ao analisarmos a origem do termo “network”, descobriremos que vem da língua inglesa (“net”: rede, “work”: trabalho) e significa rede de contatos ou relacionamentos. No mundo corporativo, a palavra foi adaptada para networking. Na prática, se refere a um grupo (ou rede) de pessoas que compartilham informações, conhecimentos, interesses e algumas similaridades (como a carreira profissional).
Quando bem alimentada e pautada em estratégias direcionadas, a rede de contatos eleva as oportunidades de sucesso profissional. Isso ocorre porque o apoio, convivência e indicação de outras pessoas com objetivos, propósitos e contexto similar, torna possível:
Desenvolver, impulsionar ou modificar projetos;
Identificar vagas de emprego;
Melhorar habilidades e competências etc.
Devido a esses e outros benefícios, o networking é visto como uma arma poderosa nas mãos dos profissionais. Além disso, pode ser apontado como uma prática embasada em uma realidade humana: precisamos de outros para viver e nos realizar.
Níveis de Networking
Existe uma teoria criada em 1967 por Stanley Milgram (famoso psicólogo americano) chamada “The small world problem” – em português: o problema do mundo pequeno. Segundo essa teoria, são necessários seis laços de conexão ou amizade para que duas pessoas se encontrem – não importa onde vivam.
Embora esse pensamento de Milgram não tenha sido comprovado, pode ser verdadeiro se pensarmos nas grandes possibilidades de networking e o poder de aproximação que geram. A seguir, elencamos as três principais formas de networking.
Rede primária
Essa rede de contatos é a mais próxima. Nela, estão inseridas pessoas com quem temos vínculos pessoais. Por exemplo: amigos, familiares e conhecidos de longa data. Por serem relacionamentos achegados, facilitam o acesso a oportunidades exclusivas e que se encaixam com o nosso perfil profissional.
Secundária
Nesse tipo de networking estão incluídas as pessoas que nos relacionamos de maneira mais formal, como: colegas de trabalho, universidade, cursos profissionalizantes, projetos empresariais e eventos corporativos. Na prática, a rede secundária é ideal para, por exemplo, aumentar a visibilidade em uma área ou descobrir mercados de trabalho promissores.
De referência
O networking de referência engloba os contatos inspiradores, de alto desempenho e vistos como padrão na área em que atuam. Além de serem capazes de nos aproximar de excelentes oportunidades, ainda entregam muito conhecimento e experiência que moldam nosso comportamento, habilidades e competências.
Nesse nível de “ouro”, estão: gerentes, diretores, líderes, chefes, profissionais da alta administração da empresa e determinados fornecedores.
A importância de fazer networking
Ter uma rede de contatos é tão importante que existem até redes sociais profissionais com esse objetivo – está aí o LinkedIn que não nos deixa mentir. O networking deve ser encarado como uma estratégia a ser planejada e executada – como faríamos com um projeto, meta ou propósito.
Podemos comparar a rede de contatos com um jardim que precisamos adubar, regar e cultivar. Sem esses cuidados, as plantas secam e morrem. Por outro lado, o zelo pelo jardim gera benefícios, como belas flores. Da mesma forma, ter contatos, por si só, não representa muita coisa – assim como plantas secas.
Entretanto, quando bem direcionada, a rede de relacionamentos entrega grandes vantagens. De acordo com o estudo “Match perfeito – o que buscam os profissionais e recrutadores?”, publicado pela Robert Half e Fundação Dom Cabral, a indicação feita por pessoas relevantes no mercado aparece em terceiro lugar na lista de fatores mais importantes para os recrutadores de grandes empresas.
Sem dúvidas, ser conhecido por esses profissionais relevantes é um “trampolim” para conseguir uma boa vaga de emprego. Podemos citar ainda outro benefício do networking: encontrar um “oceano azul” no mundo comercial.
Às vezes, uma simples conversa com um profissional de uma determinada área, pode revelar uma necessidade que não está sendo suprida pelas empresas. Ao captar esse insight e transformá-lo em soluções adequadas, o negócio ou empreendedor pode se tornar referência em um setor pouco explorado.
Como desenvolver networking
Para ter sucesso no networking, é necessário seguir “o caminho das pedras”, ou seja, adotar práticas eficientes. Quais são elas? Apontamos a seguir.
Primeiramente, defina seus objetivos
É importante evitar o comportamento de “atirar para todo o lado” na busca de contatos. Esse hábito não é inteligente. O ideal é definir a área de interesse, empresas que gostaria de trabalhar ou cargos que almeja alcançar. Em seguida, busque, identifique e relacione os melhores contatos. Por fim, invista neles.
Participe de eventos
Outra estratégia é participar de eventos corporativos da área de interesse: palestras, workshops, feiras, hackathons, conferências, encontros etc. Durante essas ocasiões, aproveite para expandir as amizades, conversar com pessoas diferentes e se aproximar de profissionais que admira ou tidos como referência da área de atuação.
Siga empresas e profissionais de seu interesse
As redes sociais são canais de conexão poderosos. Muitos profissionais, empresas e influenciadores estão conectados nessas mídias, compartilhando conteúdos, interesses e experiências. Uma boa estratégia é seguir organizações renomadas e profissionais (tanto os que são referências como os que não são). Dessa maneira, é possível “imergir” na área desejada.
Faça parte de grupos de discussão e estudo
Existem grupos, comunidades ou fóruns que reúnem diversos profissionais em torno de um tema, área, estudo ou debate. Esses ambientes são verdadeiros “seleiros” de contatos. Para fazer conexões, é importante ser ativo, ou seja, participar das conversas e compartilhar conteúdos interessantes.
Se disponha a ajudar e seja honesto
A empatia e a vontade de ajudar são atitudes que geram conexões com outras pessoas tanto no mundo físico quanto no virtual. Por isso, se estiver no seu alcance ajudar (seja com uma informação, dica ou outra coisa), não hesite em fazer isso.
Outra prática essencial é a honestidade. Nunca “caia no laço” de inventar qualificações, competências, experiências e empregos que não tem ou não teve. Quando a verdade vem a tona, se cria uma péssima reputação que é difícil de ser derrubada.
Diferencie amigos de colegas de profissão
Na rede de contatos profissionais, não há espaço para a mistura de amigos e colegas de profissão, vida pessoal e corporativa. Se existir esse mix, a imagem e credibilidade logo são afetadas – muitas vezes de forma negativa. Sendo assim, separe uma conta em rede social exclusiva para o networking profissional.
E por falar em imagem e credibilidade, quer saber como cuidar delas de maneira estratégica? Então, confira o artigo “O que é branding pessoal?”
A grande verdade é que somos seres sociáveis. Sendo assim, não há espaço para isolamento. Quando isolados, perdemos força, felicidade, objetivo na vida e no trabalho. Por isso, o networking deve fazer parte da vida de qualquer profissional.
O que achou de nosso artigo? Entendeu o que é networking e para que serve na vida profissional? Quer encontrar outros conteúdos tão valiosos quanto esse? Acesse o blog da Unicep!
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