O curso de Pedagogia da UNICEP tem desenvolvido, no mês de maio, algumas ações em pró do Dia 18 de maio – Dia do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. E realizou uma mobilização no dia 18 em relação ao tema, além de realizar, no dia 31, um bate papo com Andrea Taubman, autora do livro “Não me toque, seu boboca".
O evento será o III Café Pedagógico e II Encontro ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado em parceria com as instituições UNESPAR e UNIOESTE.
Os estudantes do 5º e do 7º período participaram das atividades, acompanhados pelas docentes: Ana Claudia Figueiredo Rebolho (coordenadora do curso), Michele Machado e Elianeide Lima.
No dia 13 de maio os estudantes realizaram a elaboração de material sobre "Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes". No dia 16 e 17 de maio aconteceu a panfletagem, ou seja, a entrega do material desenvolvido e no dia 18 de maio, os estudantes participaram de uma palestra sobre a mesma temática com Prof.ª Dr.ª Ana Claudia Figueiredo Rebolho.
No dia 18, os estudantes também realizaram uma campanha nas redes sociais, quando postaram reportagens, vídeos e/ou informações sobre o "Dia Nacional de Combate ao Abuso e exploração sexual de Crianças e Adolescentes". Todas as postagens continham as hashtags: #façabonito #disque100 #18deMaio #gpedunespar #gepexunioste #unicep #EmCasaSemViolência.
A representante do 5º período, Natani Carolini Cipriano dos Santos, falou em nome da turma e explicou que: “É extremamente necessário falar sobre abuso, não somente o infantil, porque ainda é um tabu e existe muito medo a respeito desta fala, mas é de muita importância, uma vez que isso acontece frequentemente, especialmente com as meninas. É preciso falar para que as pessoas se previnam e possam comunicar um adulto de confiança, porque os danos psicológicos que essas crianças sofrem são irreparáveis, a criança é um ser em desenvolvimento e irá crescer com essa marca.”.
E completou: “Como estudantes de Pedagogia, afirmamos a extrema importância da abordagem, visto que, corre-se o risco de termos alunos que passem pela situação do tema abordado, assim, através desse estudo podemos identificar se alguma criança está sofrendo abuso ou não, passando de uma maneira mais simples para o entendimento de nossas crianças e adolescentes, pois não podemos deixar de ressaltar que em um caso desse o desenvolvimento pode ser dilacerado e deixar marcas que irão levar para toda vida. É muito importante que os cidadãos entendam sobre o que é educação sexual e sua importância, além de compreender a importância de ensinar as crianças que é importante que elas não mantenham ‘segredos’, mas que deve haver liberdade de expressão sempre com alguém de confiança. Desse modo, podem aprender sobre autoproteção e até mesmo a expressar seus sentimentos.”.
A representante do 7º período, Luana Clara da Silva, continuou: “A data é determinada oficialmente pela Lei 9.970/2020, em memória a menina Araceli Crespo, de 08 anos de idade, que foi sequestrada e violentada no dia 18 de maio de 1973. Esse dia não é uma celebração, mas sim o dia que o Comitê Nacional de Enfrentamento a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes incentiva que em todo o Brasil sejam realizadas ações que visem alertar toda a sociedade sobre a necessidade da prevenção a violência sexual.”.
As estudantes explicaram que o objetivo da mobilização é convocar toda sociedade brasileira para o compromisso de proteger as crianças e adolescentes. A ideia é realizar atividades que façam isso acontecer, trazendo a consciência em toda a sociedade com foco de prevenção que envolvam a divulgação do Disque Direitos Humanos – o disque 100 – serviço gratuito que funciona 24h em todos os dias da semana, para receber denúncias de violência contra as crianças e adolescentes. Proteger as crianças e adolescentes é dever de toda a sociedade, por isso a mobilização para que todos saibam onde e como pedir ajuda.
E Luana afirmou: “O curso de pedagogia trabalha diversas temáticas em relação ao cuidado da criança e o dia 18 de maio não poderia ser deixado de lado. Nós como futuros professores temos a missão de educar, mas vai muito além de ensinar diversas disciplinas, nós temos a responsabilidade de manter nossos alunos seguros. Porque sim, isso existe a exploração sexual é algo real e está presente em nosso meio mais do que podemos imaginar, por isso nós como professores precisamos ter consciência disso e procurar conhecimentos para que possamos proteger nossos alunos e os ensinarem a se defender, mas estar presente e ser alguém que os alunos possam confiar e saber que podem pedir ajuda para nós.”.
E concluiu: “Foi rica a aprendizagem, poder me sentir preparada para proteger os alunos e saber como agir em situações como essa, fez eu me sentir capaz de ser um porto seguro para meus futuros alunos e entender que ser professora é muito mais do que ensinar, é cuidar e proteger”.
E Natani finalizou: “A entrega de panfletos foi um desafio, mas hoje vejo que foi uma atividade que possibilita melhora de comunicação das estudantes, já que é um aspecto extremamente necessário para o exercício da profissão. É importante ressaltar também a curiosidade dos alunos. Espera-se que, embora tenha sido um gesto simples, tenha tocado e despertado a curiosidade em algumas pessoas. Com pouco podemos fazer muito.”.
Texto: Ana Lívia Schiavone