Nos dias 04 e 05, última sexta-feira e sábado, a UNICEP realizou a 12º edição do simpósio “O sol nasceu para todos: uma abordagem multidisciplinar sobre as pessoas com deficiência e a sociedade”. O evento reuniu especialistas das mais diversas áreas e que tratam do tema da inclusão das pessoas com deficiência.
Para o idealizador do evento Msc. Hilário Domingues Neto, profissionais da educação, da área da ciência e de diferentes áreas do conhecimento vieram contribuir com o evento. “O simpósio nasceu com a ideia multidisciplinar devido aos diferentes cursos que temos na instituição, como profissionais, os estudantes, irão lidar, sem dúvidas, com a questão da inclusão”.
E explicou que é importante que o evento leve uma mensagem para a sociedade “da necessidade de participarmos através do conhecimento e das nossas ações, procurando ser uma sociedade mais justa e mais solidária em todos os aspectos com relação às nossas necessidades”.
No primeiro dia, aconteceu um
ciclo de palestras. Marli Moretti, Diretora Executiva da Ong. Espaço Azul, uma associação de apoio a pais de autistas, trouxe para o evento o tema: “Existe vida após o autismo”: “O número está crescendo muito, pois o diagnóstico está sendo feito com mais eficiência. Eu acho que, antigamente, as pessoas não estavam sendo diagnosticadas como autistas, mas como deficientes intelectuais, agora, os diagnósticos estão sendo mais precisos, portanto o número está crescendo.”.
“Acho muito válido discutir estas questões, tentando, assim, disseminar conhecimento para as pessoas, levando a informação para os estudantes, para que eles entendam isso e possam levar para a vida profissional e também para tentar diminuir um pouco o preconceito. Para que as pessoas saibam, que pessoas com autismo ou qualquer outro tipo de deficiência têm as suas potencialidades, sua capacidade, só é necessário que, realmente, se dê uma oportunidade para estas pessoas.”, concluiu Marli.
No segundo dia, aconteceu a
atividade paradesportiva “Ski Cross Country Paralímpico”, com o 6° colocado nos Jogos Paralímpicos de PyeongChang 2018, Cristian WestemaierRibera.
O skicross country paralímpico com o rollerski, esqui com rodinhas, que simula a técnica do esqui cross country no asfalto, pode ser testado pelos participantes. De acordo com Cristian: “O esporte me deu independência, prático desde os 4 anos. Comecei na natação por motivos de tratamento e fui me aprofundando, gostei muito e ainda gosto. Experimentei o rollerski há 3 anos e estou aqui hoje, para prestigiar esse evento que é muito importante para a sociedade, pois mostra a importância do deficiente no esporte e no mundo.”.
Já Leandro Ribela, Atleta olímpico de Ski Cross Country; Coordenador do programa olímpico e paralímpico de Ski Cross Country na CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve, explicou que foi uma oportunidade muito bacana de apresentar o esporte para a população. “Uma modalidade pouco conhecida ainda no Brasil, mas que tem crescido o número de adeptos. Internacionalmente, uma modalidade bastante conhecida e praticada. No Brasil que é um país que não tem neve o rollerski é a única maneira que a gente tem de desenvolver essa modalidade e uma oportunidade como essa, para tornar acessível e mostrar para a população, é fantástica. Então agradeço muito o convite da UNICEP e o espaço aberto do São Carlos Clube.”, agradeceu Leandro.
Texto: Ana Lívia Schiavone, Assessora de Imprensa UNICEP