Para acompanhar o crescimento do mercado profissional da odontologia, os estudantes precisam estar por dentro das novas técnicas e tendências da área, afim de atualizar seus conhecimentos, interagir com especialistas e identificar os principais desafios e mudanças da profissão. Pensando em tudo isso, a coordenação do curso de Odontologia da UNICEP realizou nos últimos dias 1 e 2 de outubro o I Simpósio de Odontologia. O evento, que reuniu alunos de todos os períodos do curso e interessados externos, abordou quatro grandes temas – dentística, dor orofacial, medicina bucal e periodontia – durante os dois dias de atividades nos períodos da tarde e noite.
O objetivo do evento, segundo o coordenador do curso, Marcos Jacobovitz, foi fortalecer o compromisso com a formação dos estudantes, oferecendo atualização de conhecimentos e sintonizando o projeto pedagógico com os principais avanços da ciência odontológica necessários às atividades complementares do curso. “A visita de grandes profissionais da odontologia vem transmitir e nos enriquecer com seus conhecimentos, possibilitando a formação profissional e desenvolvimento de senso crítico”. Para ele, o papel da UNICEP engloba também a divulgação e promoção de medidas voltadas à sociedade através de conhecimento e serviços prestados.
Coincidentemente com a participação das palestrantes de prestígio no cenário odontológico, o evento ocorreu durante as comemorações do movimento Outubro Rosa – campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico do câncer de mama.
Temas e palestrantes
A palestra de abertura, proferida por Michele Chinelatti, abordou a dentística, ramo da odontologia que atua na área cosmética e de restauração dental, com o objetivo de preservar e devolver a integridade estrutural, funcional e estética do dente. Em seguida, foi a vez de Giovana Fernandes, profissional com experiência clínica e acadêmica no tratamento de dor orofacial, que abordou desde os conceitos básicos da fisiologia até a parte clínica e de pesquisa.
No caso da medicina bucal, que abrange a prática odontológica hospitalar, o foco foi abordar o cuidado do cirurgião-dentista em procedimentos clínicos e emergenciais, e no diagnóstico de lesões e manejo de pacientes, que exigem que o profissional aprenda a rotina do hospital, conhecimentos de clínica médica, patologia clínica e laboratorial, tornando-o apto para oferecer suporte aos pacientes que precisam de atenção bucal dentro do hospital. A palestrante que apresentou estes estudos sobre as doenças da cavidade oral, Elaine Massucato, demonstrou que as novas tecnologias colaboram para que o profissional da odontologia tenha atuação mais forte e desmistifique a compreensão de ser apenas aquele que “tira os dentes”, mas que seja compreendido como agente de saúde que observa o paciente como um todo. “O cirurgião-dentista não deve apenas conhecer os tratamentos dentários, mas conhecer o ser humano, pois no caso da cavidade oral especialmente, o profissional é importante para o diagnóstico precoce de doenças, que muitas vezes envolvem complicações e mutilações”, explicou.
A última palestra, cujo tema – periodontia – tratou das inflamações e infeções na gengiva, foi proferida pela cirurgiã Luana Verzola que demonstrou a importância da atualização na área, haja vista as mudanças tecnológicas que forçam os profissionais a manterem contato com matérias e técnicas novas. “A parte conceitual da odontologia há 70 anos era muito diferente do que existe hoje. Por isso, além do desenvolvimento científico da profissão, a mudança se deve ao advento das tecnologias que aumentam o acesso à informação. Para que um dentista formado há muito tempo consiga oferecer um tratamento odontológico de qualidade, ele deve aprimorar e se manter em estudo continuado”. Isso porque, segundo a cirurgiã, a formação básica serve de base para tudo o que se vai desenvolver, mas o tema de sua palestra – a relação entre periodontia e implantodontia – acaba sendo interessante para o contato com áreas ainda mais específicas. “As disciplinas básicas são importantes como primeiros degraus da profissão, mas neste evento os alunos vão ver que apesar da odontologia estar segmentada em especialidades, todas são co-dependentes umas das outras, e, no caso da periodontia, ela serve de base para todas as outras”, explicou.
Oportunidades
Segundo a estudante Maria Eduarda Pereira, do primeiro ano, o simpósio ajudou os alunos a descobrirem e conhecerem novas áreas da odontologia, enriquecendo sua formação e permitindo a troca de experiências. “Muitas vezes, os alunos iniciam o curso buscando uma atuação específica, então este momento é bastante propício para abrir a mente e conhecer as diferentes áreas na prática”, ponderou.